Pois é, é assim que fazemos com nossos tropeços. Colocamos a culpa no cara que nos ofereceu droga, na mulher que nos seduziu, no camarada que fez uma proposta irrecusável de negócio ilícito e no diabo que sempre é o culpado de tudo que acontece com os crentes.
Precisamos aprender a assumir responsabilidades quanto aos nossos atos. Se fizemos, devemos assumir que fizemos e pronto. Se caímos, devemos nos levantar e aceitar a correção. Assim é mais fácil, assim é bíblico. Chega de ficar colocando a culpa de nossas maluquices nos outros. Sejamos homens e mulheres de Deus como Davi por exemplo que quando confrontado pelo profeta assumiu que era terrivelmente mal e depois aceitou a correção do Senhor.
Pense nisso:
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5.16
E no mais, tudo na mais santa paz!
Transferir a culpa ao outro é uma das causas mais frequentes de neuroses ou desordem de caráter. É difícil fugir desses dois problemas. Temos dificuldades de aceitar a responsabilidade por nosso comportamento porque não queremos sofrer suas consequências. Daí vive-se transferindo a culpa e a responsabilidade.
Erros são parte da vida e eles podem nos ajudar a ser uma pessoa melhor, aprendendo com eles. Todavia,em primeiro lugar, devemos assumir a culpa e sofrer sua consequência, encarando-a como uma evolução; agora, se transferirmos a culpa a outrem (diabo e afins), não vamos sofrer genuinamente seus efeitos e o erro vira neurose, daí vemos tantos adultos infantilizados, cristãos problemáticos, medrosos, incapazes…
Não ensinamos as crianças a reconhecerem a culpa, assumirem responsabilidades e a sofrerem a consequência, do contrário, protegemos demais. Resultado: adultos neuróticos.
O processo de pedir perdão a Deus envolve o reconhecimento e a aceitação do efeito; sem isso não existe pedido de perdão. O perdão liberta.